domingo, 23 de fevereiro de 2014

Amarás o teu próximo como a ti mesmo


Tem gente que realmente leva ao pé da letra essa verdade bíblica. Amam de verdade a Deus e ao próximo. Vivem o Evangelho. Mas há os que dizem crer em Deus e confessam ser filhos d’Ele, que distorcem esse mandamento. "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" se estende à mulher do outro ou ao marido da outra. Estão equivocados sobre a verdade bíblica. Como se fazem de sonsos! A impressão que tenho é que, diante do pecado, isto é, da infidelidade conjugal, o mandamento “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, é super adulterado. O pessoal aumenta e inventa, o que é próprio do diabo, o pai da mentira.

Quem ama não trai, é fiel a Deus. Quem ama não abandona, antes, cuida. Quem ama não cobiça a mulher do próximo. Quem ama aborrece o mal. Diz sim a Deus e não ao diabo. Quem ama não usa de leviandade e nem difama. Sei que há muita gente equivocada a respeito de Deus e seu amor. Dizem que o amam, mas o negam com suas obras. Você, que professa amar a Deus, que diz à sociedade que é um cidadão exemplar, homem de bem em todos os aspectos, mas é infiel no matrimônio, é hipócrita e pecador. Precisa se arrepender dos seus pecados para que não seja condenado ao fogo do inferno.

Neste exato momento, há homens e mulheres que estão sofrendo as consequências da infidelidade. Estão com a vida arrebentada, arrasada, com grande sentimento de culpa. Hoje, colhem o que semearam. Dor sobre dor, tristeza sobre tristeza. Filhos abandonados, pais e mães ausentes. Onde havia luz e alegria, o que impera, hoje, é a tristeza. O pecado gera sofrimento. Há algum tempo, conversando com um amigo de fé, vi sobre a sua mesa um porta-retrato com a família sorrindo. Aí, disse a ele: meu irmão, se há uma coisa que o diabo faz é apagar o sorriso, dividir a família e todos os laços fraternos.

Há um texto bíblico, proferido por Cristo, que nos diz: "o pecado vos há de alcançar". Tanto é verdade isso que famílias inteiras estão sendo desfeitas por causa da infidelidade conjugal. E Cristo nos diz mais: "Onde estiver o teu coração, lá está o teu tesouro". Infelizmente, o tesouro de muita gente está centralizado na escória desse mundo pecaminoso. São vidas descompromissadas com a verdade, que amam o que degrada a vida e a moral.

Sei que há muita gente na completa ignorância espiritual, porém, outros não. Nem todo mundo é ignorante. Há os que conhecem a justiça de Deus e são participantes da sua graça, que é Cristo, mas, infelizmente, voltaram a revolver todo o lixo do inferno. São conhecedores da verdade, porém, optaram conscientemente pelo prazer pecaminoso. Cristo nos diz que maior juízo haverá caso não se arrependam de suas obras. Correm o perigo de serem vencidos pelo pecado - e o fim é a morte espiritual.

Os homens mudam e suas leis também, mas a verdade de Deus permanece com toda sua força. Hebreus 13:8 nos diz que "Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente". Embora o adultério não seja mais considerado crime pela justiça dos homens, é para Deus. Está escrito, em Êxodo 20, no sétimo mandamento: "Não adulterarás". E no livro de Hebreus, está escrito: "honrado seja, entre todos, o matrimônio e o leito sem mácula, pois os devassos e adúlteros, Deus os julgará".

Conheço muita gente que, por causa da infidelidade conjugal, teve seu lar dividido. Novas famílias foram constituídas. Infelizmente, estas estão sofrendo as consequências do erro. Porém, nem tudo está perdido. Há situações que são irreversíveis, sem mais possibilidade de restauração, mas outras possuem grande possibilidade. Cristo nos diz que Ele é o advogado das causas perdidas. Quanto aos casos sem possibilidade de restauração, a graça nos isenta da lei. Quanto aos casos com possibilidade de restauração, estes podem e devem ser acertados com Deus.

Finalizando, as nossas atitudes determinam o nosso futuro. A você foi dado o poder de mudar o futuro. O projeto de Deus para com a vida é que Cristo seja o centro do coração. Por que o centro? É que do coração procedem as saídas da vida e da morte. Se Cristo for o centro da vida, com certeza haverá paz, alegria e vida eterna. Lembre-se: amar a Deus é aborrecer o mal.

Alcoolismo




Beber ou não beber? Eis a questão. Beber bebida alcoólica é pecado? A maioria dos cristãos evangélicos diz que é. E aí? O que a Bíblia nos mostra, realmente, sobre a ingestão de bebida alcoólica? Há muita confusão e desinformação sobre o tema. Durante anos, já ouvi centenas de sermões sobre o álcool e seus malefícios, mas também vi muito radicalismo e extremos que assustam. Mensagens não condizentes com a Bíblia, recheadas de bobagem.

Mas o que a Bíblia diz sobre álcool e beberragem? O Velho Testamento está repleto de advertências contra o alcoolismo e a ingestão de bebida desagradável, em toda sua variedade. Provérbios 23:20 nos diz: "Para quem são as dores e os pesares? Rixas e queixas e feridas sem causa e olhos avermelhados? Não são para os que se demoram a beber vinho? Para os que andam buscando bebida misturada?". A expressão “para os que se demoram”, nada mais significa do que embriaguez. E no versículo 31, a exortação é quanto ao vinho: "Não olhe para o vinho quando se mostra vermelho, resplandecente no copo, escoando suavemente, porque no fim de alguns dias, ou depois de algum tempo, morderá como cobra e picará como serpente".

O texto nos fala de vinho de qualidade, de bom paladar, que atrai e nos torna íntimos, mas que, no fim, morde como cobra. Essa mesma Bíblia, que nos adverte severamente sobre a embriaguez e seus malefícios, nos dá, também, liberdade de escolha. A ingestão de álcool, em si, não é pecado, mas sim o vício. A ingestão de alimentos não é pecado, mas sim o apetite desordenado. A Bíblia nos diz que os glutões e bêbados não herdarão o reino de Deus, portanto, o problema do álcool não é a ingestão deste, mas a escolha que fazemos. Lembre-se: "Do coração procede as saídas da vida e da morte". Somos nós que abrimos um precedente para o alcoolismo. O álcool só passa a ter força por causa das nossas escolhas. Essas, associadas à falta de domínio próprio, com certeza são um desastre.

As pessoas bebem por muitas razões: timidez, medo, insegurança, pobreza, traição conjugal, amor não correspondido, abandono, finanças e pelo prazer do álcool e sua falsa sensação de liberdade. Infelizmente, muita gente vem usando o álcool como alternativa em meio aos conflitos. É a velha história: "eu bebo para esquecer". Na verdade, isso não passa de fuga mentirosa e pura ilusão. Suicídio a longo prazo.
 
As razões são muitas, mas a principal é a vacuidade da alma, o vazio existencial. Com certeza, esse é o maior problema do coração humano. Em busca de algo que possa preencher esse vazio, as pessoas se apegam ao álcool e seu prazer como alternativas. No livro do Profeta Jeremias (17:9) está escrito: "Enganoso é o coração mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto. Quem o conhecerá?".

Você já brincou com uma cascavel? A embriaguez se assemelha muita a uma cascavel. A serpente é sagaz e traiçoeira. Na hora em que você menos espera, ela pega você. Todo alcoólatra tem um fim triste. Morte prematura. Mais cedo ou mais tarde, acaba perdendo o amor pela vida, o carinho e o respeito da esposa, dos filhos, amigos, parentes. Qual filho respeita um pai bêbado? Qual casal resiste a muitos anos de bebedeira? O que se vê são separações, divórcios e muita dor.

Os hospitais psiquiátricos estão abarrotados de pacientes que abusaram do álcool, foram afetados mentalmente e estão passando por problemas emocionais gravíssimos. Infelizmente, a sociedade tem grande parcela de culpa pelo alto índice de crescimento do alcoolismo. A mídia, juntamente com a indústria, incentiva a propaganda mentirosa, recheada de falsa liberdade e status. 

Não estou aqui para julgar quem quer que seja. O propósito do meu coração é ajudar as pessoas a encontrarem o sentido da vida. Meu pai foi um alcoólatra, morreu quando eu tinha sete anos. As lembranças são as piores. Sei perfeitamente o que muitos estão passando por causa do alcoolismo. Você, que é dependente do álcool e quer ver-se livre, saiba que só há uma alternativa: Cristo como o centro da vida. Ele é poderoso para restaurar você e lhe dar poder e equilíbrio.  

Bem, aqui vai um conselho do Paulista: você, que nunca bebeu, não beba. Você, que iniciou nessa estrada, pare enquanto é tempo. Se Cristo não for o centro da sua vida, com certeza você vai acabar caindo no alcoolismo. Não o julgo por tomar um copo de vinho ou uma cerveja. Durante muitos anos, a igreja tem tomado uma posição radical. Não tem permitido aos fiéis que bebam bebida alcoólica de espécie alguma, mas isso por causa da fraqueza espiritual da maioria dos cristãos.

Mas você tem liberdade. Tomar um copo de vinho não faz de você um pecador ou um mau caráter, como alguns afirmam. No entanto, embora tenhamos liberdade como cristãos, não devemos usar desta liberdade para dar ocasião à bebedice. Bebedice é pecado. 

O grande apóstolo São Paulo, em sua epístola a Timóteo (5:23) diz: "Não bebas somente água, mas usa um pouco de vinho por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades". Paulo, há dois mil anos, já sabia da importância do vinho para a saúde. No mesmo livro (11:21), ele adverte a igreja quanto ao mau comportamento na Ceia do Senhor. Infelizmente, havia cristãos que não exerciam domínio próprio e se embriagavam. No capitulo 6 do mesmo livro, ele os adverte, severamente, dizendo: "Não erreis. Os bêbados não herdarão o Reino de Deus". 

Já em Efésios 5:15, Paulo nos diz: "Portanto, vede prudentemente como andais. Não como loucos, mas como sábios, remindo o tempo por quanto os tempos são maus. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor, e não vos embriagueis com vinho, em que há contenda". Isso é, vinho sem equilíbrio e domínio próprio.

O vinho de Deus não cria contendas. Antes, é pacifico. Há os que não concordam comigo. É bom que vocês saibam que Cristo iniciou os seus milagres transformando água em vinho. Cristo tomava vinho. Em Mateus 11: 18 - 19, veja o que Cristo nos diz: "Porquanto veio João Batista, não comendo nem bebendo com pecadores, e dizem: 'Tem demônio'. Eu vim, comendo e bebendo vinho com pecadores e publicanos, e dizem: 'Eis aí um homem comilão e beberrão'". Mas Cristo diz aos que crêem nele que sua palavra é justificada para com os seus filhos.


A igreja e os escândalos


Por que há escândalos dentro da igreja, que é o corpo de Cristo? Qual é a origem de tantos escândalos e porque estes se multiplicam? Bem, antes de falar de escândalos, é bom que se saiba o que é, realmente, igreja. Igreja não é templo, sinagoga ou mesquita, nem o lugar onde nos reunimos para cultuarmos a Deus. A igreja é composta de pessoas arrependidas de seus pecados, que receberam o perdão divino.

Igreja é um corpo de diferentes raças. Corpo visível, formado por milhões de pessoas, de todas as partes do mundo. Dentro dessa igreja visível está a igreja invisível, e só Deus sabe quantos são e quais são seus.

Igreja não tem nada a ver com placa denominacional. Igreja não é Adventista, Quadrangular, Assembléia de Deus, Presbiteriana, Batista, Deus é amor, Luterana, Renascer, Universal do Reino de Deus, Católica Romana, Anglicana nem Pentecostal.  Ela é um corpo universal, que tem um proprietário: Cristo. Ninguém sobre a face da terra pode dizer: "minha é a igreja", a não ser o seu autor.

Bem, quanto à origem dos escândalos que expõem a igreja ao descrédito da sociedade, muitas são as raízes: a luta pelo poder ministerial, com suas mega igrejas denominacionais, com suas receitas altíssimas; a política, implantada pela cúpula denominacional de várias igrejas, recheada de manipulação, barganha ministerial e de todo tipo de favorecimento para o alcance da glória pessoal. 

Hoje, a política no meio eclesiástico já é uma imposição pela cúpula de várias denominações. Os escândalos políticos não são poucos. Há escândalos que são marcados por distorções da interpretação da Bíblia. Com certeza, a soberba está por trás de todos os escândalos dentro da igreja. Principalmente dos escândalos sexuais. Há muita gente de grande expressão ministerial com a vida mal resolvida. Gente que prega o que não vive. Não basta pregar a verdade, é preciso vivê-la. Há muita gente que, quando prega sobre o pecado, dá um enfoque contínuo sobre um determinado comportamento imoral. Isso, na maioria das vezes, é reflexo de uma luta interior contra um pecado ainda não vencido.

Dentro do movimento evangélico já surgiram escândalos de grande repercussão mundial. Nos anos 70, o falso reverendo Jim Jones, levou ao suicídio coletivo 1.200 pessoas nas Guianas Francesas. Nos anos 80, os reverendos Jim Bakker e Jimmy Swaggart, que pregavam muito sobre prostituição e adultério, acabaram caindo no pecado que mais combatiam.

Não se pode pregar aos outros quando há áreas de nossa vida comprometidas com o pecado. Antes, é preciso resolver nossos problemas interiores. Escondê-los só faz agigantar o nosso problema e sacramentar o caminho da nossa queda. Foi o que aconteceu recentemente com o reverendo Ted Haga: com cinquenta anos de casado, pai de cinco filhos, presidente da Associação Nacional dos Evangélicos nos Estados Unidos, ferrenho opositor do homossexualismo e do casamento gay, também caiu no pecado que mais combatia. Envolveu-se com um garoto de programa. Hipocrisia é a porta do orgulho. Santo Agostinho já dizia que o orgulho transforma anjos em demônios.

Há muito mais raízes responsáveis pelos grandes escândalos, mas, com certeza, todas começam no coração. A Bíblia nos diz: "Onde estiver teu coração, lá estará o teu tesouro". Mateus 18: 5 em diante diz: "Ai do mundo, por causa dos escândalos, porque é necessário que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem".

Escândalo na igreja implica em condenação eterna no fogo do inferno e expõe a igreja ao descrédito da sociedade, além de aniquilar a fé dos que são fracos na vida espiritual. Cristo nos diz: "Qualquer um que escandalizar um dos meus pequeninos, melhor que não tenha nascido". Mateus 7: 21 ao 23 diz: "Nem todo que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino de Deus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, senhor'. Não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? Em teu nome fizemos maravilhas". Porém, Cristo lhes dirá abertamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós, que praticais o pecado.

A igreja e a prostituição



Quando falo em igreja, refiro-me a pessoas que fazem parte da assembleia dos santos e isso não tem nada a ver com prostituição. A igreja é soberana, é o corpo de Cristo sobre a face da terra. Nós, que cremos, somos a igreja, casa de Deus, morada de Deus, edifício de Deus. Somos a esposa do cordeiro. A igreja é santa, gloriosa, sem mácula nem rugas; é irrepreensível.

Infelizmente, há uma confusão muito grande no que diz respeito à igreja. Na concepção da maioria dos pastores, igreja é um prédio de alvenaria ou de madeira. A maioria dos evangélicos, quando se converte ao cristianismo, logo é doutrinada dessa forma e passa a chamar o templo de casa de Deus. Há até os que atribuem santidade aos templos como se estes fossem a porta do céu.

Quem realmente tem conhecimento bíblico sabe que Deus não habita em tabernáculos feitos por mãos humanas. Deus habita em pessoas, vive e se move nelas. Somos o templo do Espírito Santo, altar de Deus, casa de Deus. Este comentário nada tem a ver com as distorções doutrinárias que alguns fazem no meio cristão sobre a igreja, mas com os membros que fazem parte do corpo de Cristo e vivem na prostituição. 

Infelizmente, a igreja, lavada no sangue do cordeiro, não é perfeita. Ela é composta de gente de todas as camadas sociais. Ricos, pobres, cultos, ignorantes. Enfim, a igreja, apesar das nossas limitações, tem um soberano, Cristo, Deus conosco, o qual nos santifica e nos aperfeiçoa, ajustando-nos ao seu corpo, que é perfeito.

Creiam vocês ou não, a igreja é composta de gigantes na vida espiritual, mas também de muitos retardados espirituais. Há três grupos de cristão retardados na vida espiritual dentro da igreja: idiotas, imbecis e débeis. Os idiotas são aqueles totalmente dependentes. Precisam ser carregados. Os imbecis, por sua vez, possuem alguma capacidade intelectual, mas rudimentar: não passam de fachada na vida espiritual. São inseguros e inconstantes. Por último, os débeis, que abrangem uma área muito grande entre os retardados. Esses têm um QI variável, próximo do normal. Alguns até chegam a ter consciência da sua condição de vida, o que complica ainda mais as coisas. São os que criam problemas nas igrejas, principalmente quando elevados ao ministério pastoral.

Sei que não deveriam exercer o ministério, mas há igrejas que não conseguem discernir quase nada no campo espiritual. Não fazem distinção entre uma formiga e um elefante. Todos são iguais. Há muita gente que frequenta nossas igrejas e está envolvida com o pecado. Os responsáveis por isso, infelizmente, são pastores e pastoras totalmente despreparados para o ministério, sem capacidade espiritual. São pastores que, na sua maioria, tiveram problemas de nascimento espiritual e foram gerados por comunidades fracas, frias e mundanas, nas quais os cristãos não são doutrinados para ter uma vida de identificação com Deus e sua palavra.  

Há pastores que foram gerados por cristão retardados e nasceram retardados e geraram filhos retardados. Por isso, há muita pobreza espiritual e cristãos comprometidos com o pecado. Infelizmente, a maioria das igrejas se transformou em maternidade. O púlpito virou a mesa de parto e o pastor, parteiro. Hoje não se faz outra coisa a não ser evangelismo. Não sou contra o evangelismo na igreja - nem posso ser. Também não sou contra o fato de o pastor ser um evangelista. Quem assim age, está fora da vocação a qual foi chamado. No entanto, a função pastoral também é apascentar e doutrinar. Não sei se já perceberam, mas é impressionante como a maioria dos cristãos nada sabe sobre Deus. Falta o ensino profundo, atual e atraente. O púlpito está pobre e fraco. O cardápio espiritual de hoje não passa de sanduíche. Essa é uma das razões pelas quais muita gente sucumbe na vida espiritual, presa ao pecado.

Que evangelho estamos pregando? O de Deus ou o dos homens? Quem é de Deus não permanece no pecado e nem dá analgésico para o mesmo. Quem é de Deus ouve e pratica a palavra e tem prazer em Deus. Quem ama a Deus não vive na prostituição. Há muitos jovens retardados na vida espiritual em nossas igrejas, se prostituindo. Eu conheço alguns. Verdade é que grande parte desses jovens não faz parte do rebanho. São filhos do diabo.
  
A impressão que tenho é a de que alguns pastores e pastoras estão fazendo vista grossa ao pecado. A garotada está bem acomodada, sem maiores problemas. Quase ninguém fala sobre o tema e, quando fala, não assusta. Fala de forma superficial. Os líderes não deixam bem claro aos jovens, com autoridade na palavra, sua condição dentro da igreja: quem é de Deus e quem é do diabo.

Deus não cria cascavéis e nem jararacas. No seu reino não há cobras. Cristo não se entrega para a natureza de cobra. Há alguns anos, fui convidado para trazer uma palavra aos jovens de uma comunidade. O tema da minha mensagem foi "Namoro, casamento e prostituição". Quase toda a mocidade sumiu. Os que ficaram, me criticaram. Teve um rapaz que comentou com o reverendo: "Reverendo, o Paulista tem razão, mas eu tô fora". Se não me falha a memória, este, depois de algum tempo, se converteu. O restante desapareceu.
  
Confesso a vocês que prefiro um convertido a um templo cheio de gente oca e vazia, que não quer nada com Deus. Sei que há muitos jovens em nossas igrejas que creem em Deus, mas são escravos do pecado. Você aí, que está na igreja mas vive transando com teu namorado ou namorada, está dando um baita mal exemplo aos jovens, incentivando-os à prostituição. Tome cuidado. Você pode ser quebrantado a qualquer momento, sem que haja arrependimento.

Não pense que Cristo faz acepção de pessoas. Está escrito: "Tudo aquilo que o homem semear, isso também ceifará". O apóstolo São Paulo, escrevendo aos gregos da igreja de Corintos, (6: 18 e 7:2) nos diz: "Fugi da prostituição. E cada um tenha a sua própria mulher e cada mulher tenha seu próprio marido". Apocalipse 22:15 nos diz: "Ficarão de fora os feiticeiros, idólatras, homicidas e os que se prostituem e qualquer que ama e comete a mentira". Ficar de fora é ficar separado de Deus e ser lançado no inferno.

Lembre-se: Deus não é homem para mentir e nem filho do homem pra se arrepender. Acorde enquanto é tempo, amanhã pode ser muito tarde.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Pastores infiéis - apascentadores de si mesmos

A falsa aparência sempre esteve presente em todos os setores da sociedade. Há muito o mundo só vive de falsa aparência. Volta e meia somos surpreendidos por escândalos de todo o tipo. De repente, fulano e fulana, cheios de moral, antes impecáveis, são achados envolvidos com a corrupção.

Quanto ao mundo secular, isso não me surpreende mais, e nem a sociedade se assusta com as ondas de escândalos. A grande verdade é que já nos acostumamos com isso. Falsa aparência não é novidade. A Bíblia está repleta de exemplos de gente dissimulada. Um dos maiores, sem dúvida alguma, foi Judas Iscariotes. Ananias e Safira, Anãs, Caifás, o jovem rico; Elimas, o mágico; e o irmão do filho pródigo também entram na lista. Já do Velho Testamento podemos citar Labão (sogro de Jacó), Balaão, Core, Data e Abirão. Todos esses personagens bíblicos, como tantos outros dissimulados, estavam no meio dos filhos de Deus. Hoje não é diferente. O que tem de dissimulado dentro da igreja não é brincadeira!

Como sei disso? Quando olho para a vida dos que muito pregam, mas nada comunicam. Logo cedo, com Cristo, aprendi a discernir o falso do verdadeiro. Quando se é criança na vida espiritual, nos deixamos levar com facilidade por dissimuladores bem informados. Refiro-me aos que pregam, aos que fazem parte da igreja, mas vivem de falsa aparência. Aos que são amigos dos prazeres nocivos e dos que dizem amém ao seu comportamento avarento.

Infelizmente, no meio da igreja há pastores e pastoras que não são transparentes, que fazem do ministério um grande cabide de emprego, e que não cuidam do rebanho. São apascentadores de si mesmos. Sei que muitos não gostam quando falo do comportamento pastoral. Dizem que só falo mal dos pastores – o que não é verdade. Quando falo sobre comportamento pastoral, falo baseado no que está na Bíblia. O pastorado não tem imunidade no que diz respeito ao pecado nem está acima de tudo, podendo fazer o que bem entender. Ninguém no Reino de Deus está acima da Bíblia. Ela não faz acepção de pessoas. Não importa o quanto sejamos importantes no ministério, socialmente ou financeiramente, a Bíblia enquadra todo mundo que sai “fora da casinha”. De Gênesis a Apocalipse, Deus nunca fez concessões ao pecado. Não é pelo fato de estarmos na dispensação da graça que Deus fecha os olhos ao nosso comportamento nocivo. Está escrito: Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo as suas obras (Apocalipse 22:12).

Reverendo, talvez você não saiba, mas a Bíblia está repleta de exortações severas quanto a pastores dissimulados. No livro do profeta Ezequiel, no capítulo 34, versículo 2, há uma séria advertência, que diz: Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?

Vós arrancais o que podeis e vos vestis com o melhor da lã. (34:3)

A ovelha fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. (34:4)

Eis que estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas. (34:10)

A advertência é para os pastores infiéis que não cuidam do rebanho. O quadro que estamos presenciando em nossas igrejas, infelizmente, é idêntico. Se Deus advertiu os pastores daquela época, chamando-os de mercenários e amantes de si mesmos, muito mais hoje, Cristo, o Sumo Pastor, quer que seus pastores sejam fiéis em todo seu ministério. Em Jeremias 3:1-2 está escrito: Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas e as afugentastes, e não as visitastes. Eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor. Deus é juiz. A mentira se esconde até a verdade aparecer.

O que está faltando no meio cristão é transparência, integridade, honestidade, vida com Deus. Está escrito, em I Pedro 3:11: Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus. Se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Cristo Jesus, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Aos pastores, está escrito, em I Pedro 5:2-3: Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, nem por torpe ganância, mas de bom ânimo, nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho; e quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.

Fica aqui a minha exortação. Não se esqueça de que a mentira se esconde até a verdade aparecer. Por algum tempo você poderá enganar algumas pessoas; outras, talvez, por toda a vida, mas nem todas você poderá enganar sempre. Haverá alguém no decorrer da vida que o fará sentir-se envergonhado. Penso que é tempo de mudança. Mude suas atitudes, procure a verdade, que é Cristo, e aplique-a em sua vida. Seja feliz.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Os valentes também caem


Há valentes e valentes. Nem todo valente é de ações nobres. Há os propensos ao mal, que impõem sua valentia através do terror para alcançar seus ideais mesquinhos, avarentos e maquiavélicos. A sua glória é a soberba. A espada da sua violência não tem honra, mas o desprezo. Mas sempre existiram e sempre existirão valentes de ações nobres. A história nos mostra isso. Homens e mulheres, no decorrer do tempo, deixaram como legado grandes ações de valentia que perduram até hoje, e nos servem como exemplo. Todo valente é forte, ativo, enérgico e destemido.

A Bíblia está repleta de valentes. Ela nos mostra homens e mulheres valorosos, como Gideão, por exemplo. Quando o anjo apareceu a ele, disse: O Senhor é contigo, homem valoroso. Davi, ainda quando jovem, foi escolhido por Deus porque era valente, animoso. A lista é grande: Jonatas, Josué, Calebe, Sansão, Joabe. Mas havia outros valentes que não faziam parte do exército dos hebreus. Não eram guerreiros, mas foram valentes na sua jornada, principalmente como profetas. Daniel, Isaias, Jeremias, Ezequiel. Só estou citando os quatro maiores profetas. Depois vem Abraão, Moisés. Entre os nobres da linhagem real, no cativeiro babilônico, três jovens se destacaram de forma grandiosa: Sadraque, Mesaque e Abdenego. Esses não temeram a fornalha e responderam ousadamente ao rei de Babilônia com grande valentia: “Não nos curvaremos aos teus deuses, ó rei, e nem a eles serviremos”.

Entre as mulheres, muitas foram as valentes: Ester, Débora, Miriam, Raquel, Rebeca. Ativas e destemidas, estiveram diante de grandes desafios, que exigiram de cada uma delas, grande valentia. Não pensem vocês que a vida dessas mulheres era um mar de rosas. Todas sofreram muito, mas nunca recuaram.

A história bíblica está repleta de valentes, tanto no Velho Testamento quanto no Novo. Nós, que professamos a fé com sinceridade e amamos a Deus acima de tudo, não estamos livres da espada em meio à batalha, na causa do Evangelho. A espada da perseguição pode alcançar aqueles que amam a Deus. Sustentar verdadeiramente a fé em Cristo é correr o risco de sofrer tormentos ou morte.

Sei que a maioria dos cristãos nada sabe sobre o verdadeiro Cristianismo. Aliás, a maioria nem sabe o que é Cristianismo. Cristianismo, hoje, é um mar de rosas: só se fala em prosperidade, riqueza. O que tem de gente equivocada por aí a respeito da fé em Cristo e suas implicações...

Cristianismo é cruz, é identificação com Cristo na morte e na ressurreição. A Bíblia nos diz que o choro pode durar uma noite, mas que a alegria vem pelo amanhecer. Há noites que são longas. Algumas se estendem até a eternidade. O amanhecer nem sempre é aqui. Os heróis da fé, todos, sem exceção, tiveram sua alegria ao amanhecer na glória celestial. Foram mártires. Simão Pedro, segundo a história, foi crucificado de cabeça para baixo. André também foi crucificado. Tiago - o maior -, decapitado. Tiago - o menor -, crucificado. Judas Tadeu, martirizado. Filipe, crucificado. Bartolomeu, esfolado vivo. Mateus, morto na Etiópia por crucificação. Tomé, transpassado por flechas. Simão - o cananeu -, crucificado. O apóstolo São Paulo, decapitado em Roma. Estevão, apedrejado, e João Batista, decapitado.

Os valentes também caem no campo de batalha.  Esse é o evangelho da cruz que poucos pregam. Ele não dá lucro financeiro. Desde a antiguidade até hoje, milhares de cristãos pagaram com a vida a fé que sustentavam. Principalmente os cristãos de Roma, que eram jogados na arena dos leões. Hoje, a maioria dos que professam a fé em Cristo não cai no campo de batalha. Não está na luta contra o reino das trevas. Está em qualquer lugar, menos na batalha contra o pecado.

Fazer oposição ao diabo através da Palavra de Deus não é para qualquer um. Antes, é para os que amam a Deus acima de tudo. O coração tem que ser d’Ele. Sei que os tempos são outros, são modernos. Nunca na história do Cristianismo se teve tanta liberdade para pregar o Evangelho como em nossos dias. Já não há aquela oposição em que um passo da fé custava a vida.

Hoje as coisas são mais fáceis. A ação do diabo é moderna, quase não se percebe. Lúcifer e seus agentes estão camuflados como nunca. Quando alguém que está na batalha parte para cima dele, neutralizando sua ação através do Evangelho, ele lança toda sua força, opondo-se de todas as formas até que alguém caia. Portanto, fica aqui o meu conselho para você, que pensa que o Evangelho é um mar de rosas: acorde enquanto é tempo. A batalha há muito começou. O diabo não teme gente que não está na batalha, mas aquele que levanta a espada do Espírito e ama a Deus, que vive o que prega.

O grande apóstolo São Paulo, em Efésios 6:10 - 12, nos diz: Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Que cada um se revista de toda a armadura de Deus para que possa estar firme contra as astutas ciladas do diabo. Porque nossa luta não é contra carne ou sangue, mas sim, com principados, contra as potestades das trevas deste século. E contra todos os demônios nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que todos possam resistir no dia mal. E, havendo resistido, ficai firmes na palavra da fé. Em outras palavras, não saiam da luta.

O texto nos fala de batalha no dia do mal. Você está preparado? Não caia sem causa pelo pecado. E nem por estar dormindo. Se cair, caia com honra, por amor ao Evangelho. Lembre-se: nós estamos em guerra contra todo o principado do mal. A batalha já começou.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O barulho da carruagem - o salário do reverendo


Imagem retirada daqui

Há um provérbio muito antigo que diz: “pelo barulho da carruagem, sei quem é o rei que está chegando”. Na antiguidade, muitas eram as carruagens que, por séculos, foram o meio de transporte de milhões de pessoas, principalmente na Europa. Mas algumas, pelo barulho, se destacavam, porque muitos eram os cavalos e seus cavalheiros, e davam a entender que um grande personagem estava chegando.

O tempo passou e as carruagens caíram no esquecimento. Surgiram outros meios de transporte, mas todos - sem exceção -, fazem lá o seu barulho. Está aí a classe política que não me deixa mentir. Com suas carreatas eleitoreiras e seus fogos de artifício, buzinam, fazendo um barulho ensurdecedor, e, pelo barulho que fazem, logo ficamos sabendo quem é o próximo Sarney.

Mas nem toda a carruagem moderna transporta nobres. Verdade é que alguns se fazem nobres. Pelo muito barulho chegam até a impressionar os desavisados. Durante muitos anos aprendi a conhecer as pessoas pelo barulho que fazem no meio cristão.  Há muita gente barulhenta. Principalmente o pessoal que ama a raiz de todos os males: o dinheiro. Estes, com certeza, ninguém aguenta mais em nossas igrejas. Porém, Cristo nos diz que pelos seus frutos os conheceremos. Vocês querem realmente saber o que está no coração dos que professam amar a Deus? Quer saber se são verdadeiros? Basta ouvir o que pregam e o que almejam. Mas não saia por aí perguntando aos que pregam qual o seu maior objetivo na vida cristã. Óbvio que dirão que é alcançar almas para a glória de Deus.

Todos dizem que estão empenhados em cumprir a grande missão, mas, com o passar do tempo, “aparece o senador” e as unhas de muitos começam a aparecer. As atitudes, que eram altruístas, mas hipócritas, tornam-se notórias. O sermão do monte diz: “Onde estiver teu coração, lá está o teu tesouro”.

Pelo barulho do coração eu sei quem é o rei e quem está chegando. Refiro-me ao barulho financeiro. Barulho que a maioria dos pastores faz bem longe da contabilidade, que deveria ser apresentada à igreja e não é. Até porque, se a igreja tomasse conhecimento do salário de muitos reverendos, ficaria escandalizada.
Infelizmente, a maioria dos evangélicos nada sabe sobre salário pastoral. Se vocês soubessem as distorções e injustiças que acontecem no meio cristão, por pastores presidentes... Alguns anos atrás havia um quadro humorístico vivido por Paulo Gracindo e Brandão Filho. Era o primo pobre e o primo rico. Esse quadro não era muito diferente do meio eclesiástico.  Há pastores pobres e ricos. Os que levam vantagem e os que sofrem.

Infelizmente o ministério pastoral tem se tornado um cabide de empregos nesse país. O que está faltando a nós, que professamos a fé em Deus, é transparência nas nossas atitudes. O que está por trás dos que pregam muito, mas nada comunicam a não ser o dinheiro, é a ostentação. Muitos vivem como milionários. Falam muito, mas nada dizem. Suas vidas não condizem com o que pregam.

Não pensem vocês que sou um radical, um estraga-prazer. Não quero que o pastor seja um mendigo. Ele deve e precisa prosperar financeiramente, mas com honestidade, sem ostentação, sem explorar a igreja. Nada impede que seja um milionário. Há muitos pastores que são empresários e ostentam elevado padrão financeiro. Alguns já eram de família rica. Todo o pastor tem o direito de ter um bom carro, uma boa casa ou uma bicicleta, como o Paulista, afinal de contas, digno é o obreiro do seu salário.

Sou um pregador do Evangelho e não tenho nenhum tipo de remuneração. Trabalho duro para que sirva de exemplo a outros que professam a fé. Tenho prosperado - e muito - em todos os aspectos da minha vida, principalmente, no ministério da pregação.

A igreja não é e nem pode ser uma empresa ou trampolim salarial, como muitos pensam. Reverendo, você pode ser o idealizador do projeto, ser um grande líder espiritual e administrativo, mas isso não te dá o direito de fazer da igreja uma empresa, muito menos de ser seu maior acionista. A igreja não tem fins lucrativos. É filantrópica. Foi criada por Deus para ser luz e vida para com os aflitos e necessitados. De graça recebemos, de graça damos. Reverendo, pelo barulho salarial eu sei quem é o rei que chegou e o que está chegando.

Está escrito: Quem é injusto faça injustiça ainda. Quem está sujo, suje-se ainda. Quem é justo faça justiça ainda. Eis que cedo venho e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega. O Princípio e o Fim. O Primeiro e o Último. Bem aventurado aquele que lava suas vestiduras no sangue de Cristo, para que tenha o direito à arvore da vida e possa entrar na nova Jerusalém, a Cidade santa, pelas portas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mentira

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O cristão pode ou não pode mentir? Cristo nos diz, categoricamente, que não! A mentira é própria do diabo – homicida desde o princípio. Cristo diz, também, que os mentirosos não herdarão o Reino de Deus, e que a parte que lhes cabe é o inferno. Portanto, o cristão não pode e não deve mentir, porque peca. No entanto, há ocasiões em que alguns cristãos mentem. Alguns, por causa da ignorância espiritual; outros, por serem imaturos. Ainda são crianças. Mas, há os que mentem deliberadamente: apesar de professarem a fé em Cristo, continuam de mãos dadas com a velha natureza pecaminosa. Para o mentiroso, consciente ou não, há um juiz, que é Deus, que julga com justiça. Cristo nos adverte, dizendo: Todo aquele que professa o nome de Cristo, aparte-se do pecado. Com certeza, Deus sabe quem são os seus e os que não são.

Concordo plenamente com o Evangelho quando nos diz que o cristão não pode mentir. Há situações em que ele pode omitir, mas jamais mentir. Omitir, dependendo das circunstâncias, não é pecado, mas uma estratégia. A Bíblia nos mostra isso. Certa feita, Deus ordenou ao profeta Samuel que ungisse ao filho de Jessé, Davi, como rei de Israel. Porém, o profeta muito temeu pela sua vida, pois Saul era mau. Samuel disse a Deus: Senhor, se Saul souber que vim ungir outro rei no lugar dele, me matará. Deus diz a Samuel: Diga a Saul que você veio sacrificar. Em outras palavras, Deus estava dizendo que ele não precisava dizer toda a verdade.

Há situações em que Deus nos exorta à inteligência. Ele quer que tenhamos sabedoria em meio aos conflitos da vida. Estratégia espiritual faz parte de nosso cotidiano. Nós, cristãos, estamos em meio a uma grande batalha contra o diabo e seus agentes. Para ele, você pode mentir, afinal de contas ele é o nosso adversário e quer nos destruir. Nós não temos compromisso de falar a verdade com ele, a não ser a verdade do Evangelho, que é a nossa bandeira. E sobre isso ele não quer ouvir.

Quando alguém tem um encontro com Cristo, a primeira coisa que faz é romper com o diabo, que o faz pecar. Foi o que fez Raabe, a prostituta. Ela ouviu falar das grandezas de Deus e de suas maravilhas na terra do Egito, e temeu a Deus, e não entregou ao rei de Jericó os espias de Israel. Mentiu para os soldados que os procuravam, dizendo que não sabia onde estavam. Fez com que os espias subissem ao telhado, escondendo-os dos soldados. Quem vem a Deus não dá mais satisfações ao diabo e seus agentes. Não perde mais tempo com gente que subjuga, escraviza e destrói a vida. Raabe rompeu com a injustiça e abraçou a Deus. Por causa disso, seu pai, sua mãe, seus irmãos e irmãs foram poupados da morte e viveram felizes no meio de um povo amado por Deus.     

É provável que alguns cristãos fiquem confusos com a atitude de Raabe, afinal de contas, ela mentiu. Eu também, caso estivesse no lugar dela, mentiria. Quem está com Deus não entrega o ouro para o bandido, e já não tem mais parte com a injustiça. Antes, quebra a aliança com o diabo. Muitos acham que, pelo fato de sermos cristãos, não podemos mentir nem para o diabo, nosso adversário. Num campo de batalha, ninguém dá as coordenadas de onde está. Se o fizer, age como idiota. Nós, cristãos, estamos em batalha com as forças do mal. Somos o exército do Deus Vivo.

Os cristãos da igreja primitiva foram muito perseguidos pela suprema corte dos judeus e por César, imperador romano, que jogava-os na arena para serem devorados pelos leões. Os cristãos, quando interrogados a respeito de onde a igreja se reunia, não entregavam seus irmãos. Com certeza, muitos negavam, dizendo “eu não sei”. Porventura pecaram? É claro que não. Eu não entregaria minha família a César para ser jogada aos leões. A não ser que fossem íntimos de Judas Iscariotes.

Certa feita, o rei Davi fugia de Saul para Aques, rei de Gate. Os criados de Aques, que eram filisteus, trouxeram à memória de Davi os seus feitos em Israel. Davi considerou as palavras que diziam a respeito de si e temeu a espada, afinal, estava em uma cidade felisteia, inimiga de Israel. Quando se apresentou ao rei de Gate se contrafez diante dele, fazendo-se de doido, cruzando as mãos, esgravatando nas portas, deixando correr a saliva pela barba. Davi mentiu ao rei de Gate, fazendo-se louco.

Há situações que requerem inteligência, estratégia e muita sagacidade, caso contrário, perdemos a cabeça. Davi acreditava em Deus como ninguém, mas Deus o ensinou a ser sagaz. Deus tem prazer em homens e mulheres que se mostram prudentes na batalha. Ele os chama de valorosos.

Fé e fama

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Dizem que a fé e a fama podem andar juntas. Será? Há os que acreditam que isso é possível, outros não. O assunto parece ser polêmico no que diz respeito ao meio artístico. A Bíblia está repleta de pessoas que foram famosas, de grande reputação, mas eram, na sua maioria, compromissadas com a verdade do Criador. Os valores eram altruístas e não banais. Visavam, em primeiro lugar, as prioridades de Deus. A fama era apenas uma consequência da glória de Deus na vida humana. No entanto, há um tipo de fama secular e pecaminosa que não tem nada a ver com a verdade de Deus.

Há muitas pessoas do meio artístico que passaram por uma certa experiência com Deus, mas não se converteram. Querem conciliar a fé com a fama pecaminosa, e isso é impossível. Muitos são os boatos sobre os figurões que teriam se rendido ao Evangelho. Alguns anos atrás, surgiram algumas celebridades como Darlene Glória, Gretchen, Monique Evans, Suzana Alves - a Tiazinha -, Joelma, Carla Perez e muitos outros. Enfim, são muitas as ovelhas douradas que procuram um ponto de equilíbrio entre a vida cristã e o estrelato.

As celebridades se assemelham muito a uma velha ilustração de um lavrador que pegou um porco, deu-lhe um banho, perfumou-o, passou uma linda fita em volta do seu pescoço, e colocou-o em uma sala de estar. Seu aspecto era de limpeza. Por alguns minutos o animal foi a maior sensação. O infeliz esbanjava simpatia. Mas alguém, de repente, abriu a porta da sala e o porco mergulhou no primeiro lamaçal que encontrou. A sua natureza não sofrera modificação. Fora modificado apenas exteriormente. Assim é o homem sem Deus.

As celebridades são muito parecidas. Dizem-se convertidas a Cristo, confessam ser uma nova criatura, contam que foram transformadas pelo poder de Deus, que agora amam a Jesus, mas a sua natureza continua a mesma: maligna e terrena. A maioria é escrava do pecado. Não querem abrir mão dos valores nocivos. Está escrito - palavras de Cristo -, em Mateus 6: 25: Por isso vos digo, ninguém pode servir a dois senhores, porque há de odiar um e amar o outro. Ou se dedicar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao diabo.

Não existe ponto de equilíbrio entre luz e trevas. Conciliar a fé em Cristo com as exigências da fama é próprio de pessoas que não querem se ajustar à nova vida de santificação. Infelizmente há pastores de várias denominações evangélicas que se sujeitam à idolatria de pessoas famosas e não chamam a atenção das ovelhas douradas com medo de perdê-las. A grande verdade é que elas dão lucro financeiro, lotam as igrejas e fazem bem ao ego.

Conversão é mudança de vida. É “amarrar o burro” na igreja e não no boteco. Quando Cristo veio a esse mundo, foi para resgatar o homem do poder do pecado e conduzi-lo a uma nova vida de santificação e abundância de paz. Quem vem a Cristo precisa compreender que é impossível servir a dois senhores. A verdade não faz concessões à mentira. Ou você é de Deus ou é do Diabo. Ninguém pode ficar em cima do muro. É preciso decidir-se entre a luz e as trevas. “Todo aquele que professa o nome de Cristo, aparte-se do pecado” (II Timóteo 2: 19).

Ser cristão não é moda. É identificação de vida com Deus. Quando alguém se converte ao Evangelho de Cristo, tem que queimar todas as pontes que para trás ficam, para que não retorne mais ao passado. Infelizmente, poucos artistas realmente entram pelo caminho da vida com Deus, que exige renúncia e coragem. Não é fácil dizer não à fama secular, afinal de contas, ela é uma moeda forte, que tem arrebatado multidões para um caminho de dor e sofrimento.

Bobagens teológicas


Já vi e ouvi de tudo no meio cristão. Com certeza vou ver e ouvir muito mais. Já vi gente afirmar categoricamente que o fim do mundo não passava do ano 2000. Outros foram até mais ousados: marcaram hora dia e mês. Enfim, há muita confusão por parte dos que professam a fé em Cristo. Há ensinamentos que não passam de heresia bíblica.

A impressão que tenho é que alguns teólogos parecem ter algo sobre Deus e a Bíblia que ninguém mais tem. Sei que há grandes teólogos em todo mundo. Na antiguidade surgiram muitos que deram grande contribuição para o crescimento do Evangelho, mas todos eles, sem exceção, têm lá os seus extremos. Os extremos fazem parte da teologia, até porque a mesma envolve muita conjectura. É aí que mora o perigo. Conjecturas, para quem não sabe, são suposições, hipóteses que se faz a respeito de algo de difícil interpretação. Infelizmente há teólogos que, na sua ignorância, apresentam suas suposições bíblicas como verdades absolutas. O maior problema das distorções doutrinárias não está na teologia, mas no grande número de pregadores que passam as conjecturas teológicas como verdades absolutas.

Em 1898 surgiu um grande teólogo judeu, brilhantíssimo, chamado Myer Pearlman, que muito contribuiu para o crescimento da igreja. Em 1959, Lawrence Olson traduziu seus muitos livros doutrinários, que se espalharam por várias igrejas em todo mundo. Mas o mesmo Lawrence Olson, também teólogo, fez suas conjecturas através do seu livro “O plano divino através dos séculos”. Livro esse, na minha concepção, super edificante, com análises bíblicas maravilhosas, mas recheadas de extremos com muitas conjecturas que assustam.

Uma delas refere-se às respigas da primeira ressurreição quanto aos que não foram arrebatados, mas que teriam uma segunda chance após o arrebatamento na metade da grande tribulação, pagando com a vida a salvação. Olson apresentou isso como hipótese, mas centenas de igrejas pregam como a verdade absoluta. Infelizmente há muita infantilidade espiritual na igreja e a falta de conhecimento bíblico acaba dando margem a especulações teológicas, criando ensinamentos que contradizem o Evangelho. 

A Bíblia não deixa nenhuma margem de dúvida quanto à salvação. Marcos 16:15 nos diz: Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer, será condenado. Creiam os homens ou não, não há salvação para quem quer que seja fora da cruz de Cristo. A cruz é o único caminho hoje e nas gerações que, porventura, possam existir na dispensação da graça. Essa onda de que após o arrebatamento da igreja, os que ficarem serão salvos, mas terão que pagar com a própria vida, não passa de utopia. Algo que povoa a imaginação de gente que não conhece a Bíblia.

O grande apóstolo São Paulo, escrevendo aos Coríntios, nos diz: eis aqui agora o tempo oportuno da salvação, eis aqui agora o dia da salvação. Em Hebreus 13:07 está escrito: Portanto, como diz o Espírito Santo, se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação do deserto. Alguns dos filhos da promessa, que haviam presenciado as obras de Deus por 40 anos, tentaram e provocaram a Deus, praticando o pecado, e não entraram no repouso de Deus.

Nós, que professamos a fé em Cristo, se nos deixarmos endurecer pelo engano do pecado, também não entraremos em seu repouso. Em Hebreus 13 somos aconselhados para que nos exortemos uns aos outros, todos os dias, durante o tempo que se chama hoje, para que ninguém que professe a fé em Cristo se endureça pelo pecado e seja condenado. No capítulo 4 está escrito: Temamos, pois, que porventura deixada a promessa de entrar no seu reino, alguns fiquem para trás e sejam condenados.

Na minha vida cristã, logo cedo aprendi que não posso e não devo me basear em conjecturas. A palavra de Deus revelada a nós, os homens, é o fundamento da nossa vida espiritual. Não sejamos mais crianças em Cristo. É tempo de crescer. Não existe segunda possibilidade de salvação, até porque, se houvesse, as pessoas se apoiariam nela, excluindo a primeira, que é a cruz de Cristo. Hoje nós temos a ação do Espírito Santo na vida humana em vários aspectos, convencendo o homem do pecado, da justiça e do juízo final. Deus tem dado grande oportunidade para que as pessoas se convertam a Cristo, para que sejam salvas da condenação do inferno, mas, assim mesmo, os homens recusam e resistem à salvação.

Quando houver o arrebatamento da igreja e o sacrifício da cruz se cumprir na dispensação da graça, e o Espírito Santo, o Consolador, deixar esse mundo, ninguém vai fazer mais nada quanto à salvação. O império será das trevas até o juízo final.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Inferno das Drogas

Há muita gente sofrendo por causa desse vício maldito. Há um grito de desespero por parte de homens e mulheres que foram arrastados a essa modalidade de suicídio coletivo. Só quem está nas drogas sabe o que é viver esse inferno. Conheço vários jovens na cidade onde vivo (não são poucos), que estão presos à maconha, à cocaína, ao crack... Querem abandonar, mas não conseguem.

Alguns já me disseram: “Paulista, eu não consigo”! Há duas semanas, conversei com um garoto que é meu amigo há muito tempo. Ele abriu o coração e me disse: “Paulista eu não consigo abandonar as drogas, não sei mais viver sem elas. A cocaína faz parte da minha vida, sei que estou desmoralizado, mas eu não consigo sair dessa. Quero largar, mas ao mesmo tempo, não. O que eu faço”?

Dei a ele alguns conselhos e falei como ele poderia ser vitorioso na vida. Foi um papo rápido, até porque eu o conheço há muito tempo e há muito tenho o advertido quanto a esse caminho maldito de dor e sofrimento.
Não é só a química que prende as pessoas às drogas. Além dela, há uma ação do sobrenatural na esfera espiritual, aprisionando o viciado. Por isso há muita gente querendo sair, mas não consegue. Há um grande numero de viciados buscando tratamento em clínicas de saúde. Alguns, com muito esforço, conseguem algum resultado, mas a maioria volta ao vício.

Não sei se já perceberam que, por mais advertidas que sejam as pessoas quanto ao consumo de drogas, assim mesmo, elas se lançam nesse abismo. Hoje, ninguém mais é ingênuo ou ignorante quanto aos malefícios das drogas. Todos sabem que drogas matam e que a vida está em jogo. A mídia nos tem bombardeado diariamente e nos adverte quanto a seus males. Porém, o numero de drogados é cada vez maior. E por que é cada vez maior? O problema não é a droga, mas o coração que abre um precedente para o vício. As drogas não se lançam sobre ninguém, são as pessoas que se lançam sobre elas. Consumir drogas é opção, é escolha. Sei que são muitas as justificativas, como curiosidade, desafio, conflitos familiares, rejeição, ansiedade, decepção amorosa, perda de alguém que se ama... Enfim, a lista é grande, mas todas as justificativas se baseiam em escolha. Quando Deus não é o centro da vida e não ocupa o lugar em que deveria estar, não há quem não esteja sujeito a escolhas que destruam a vida.

Nem tudo está perdido. Você pode e deve ser feliz. Há esperança pra você que é um dependente. Muita gente já saiu dessa e você pode sair, mas é fundamental que você tenha consciência de sua condição de vida diante de Deus. É fundamental que perceba que é pecador e que precisa de ajuda. Está escrito: Aquele que invocar a Cristo será salvo. E aquele que vem a Ele, de maneira alguma o lançará fora. São palavras de Cristo. Deus, o criador dos céus e da terra, nos diz que Cristo é o advogado das causas perdidas. É provável que na concepção de algumas pessoas você seja uma causa perdida, mas se você vir a Ele, com certeza Ele é poderoso para restaurar. Você tem que suplicar o seu favor e receber o perdão dos pecados e poder para abandonar as drogas. Está escrito: A Deus pertence o poder. Se Cristo vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Quem é livre através do poder de Cristo, jamais volta às drogas.

Há um detalhe importante que não posso deixar passar: você tem que fazer a sua parte, vir para Deus. Ele bate à porta do seu coração, mas só quem pode abrir é você. Lembre-se que você tem poder de escolha. Deus só vai agir quando você der o primeiro passo. Aquilo que você tem que fazer Deus não vai fazer por você. Cristo nos diz: Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei. A ordem de Cristo é que você venha e viva para Deus.

Nossas atitudes determinam nosso futuro. Há luz no fim do túnel. Nunca é tarde para recomeçar. Cristo ama você. Não pense que vai ser fácil romper com as drogas e com os amigos que a consomem. Abrir mão do prazer nocivo vai exigir de você fé em Deus, muita coragem e determinação. Na vida, tudo tem um preço e o preço da liberdade tem um nome: Jesus Cristo, Príncipe da Paz.

Se as mensagens lidas aqui fizerem efeito no seu coração, comente, entre em contato. silviofsoares@gmail.com
Deus abençoe!

Arame farpado na Igreja



Quem não conhece arame farpado? Creio que todo mundo conhece, principalmente o homem do campo. Esse sabe, como ninguém, a importância do mesmo na construção de cercas, dificultando a aproximação e a passagem de pessoas e animais. Tenho me deparado com várias cercas de farpado. Todas as vezes que tentei atravessar por uma delas, fiquei enroscado. O malvado machuca mesmo. Se não tiver cuidado, você se enrosca.

Quanto ao campo, o farpado cumpre bem o seu papel. O que não é normal é o arame farpado dentro da igreja. Falo de gente que professa a fé em Cristo, que é líder espiritual, mas que construiu cercas impedindo o acesso das pessoas ao ministério e à igreja. Hoje, muitos são convidados às reuniões das nossas comunidades, mas quando chegam, se enroscam nos arames farpados: deparam-se com a desonestidade, ganância, avareza e disputa pelo poder eclesiástico.

A grande verdade é que o arame farpado está por toda parte. Nos 34 anos em que prego o Evangelho, tenho presenciado em nossas igrejas muita confusão e desavença. Confesso que foram poucas as vezes em que vi o lado bom do Evangelho, poucas as vezes em que os farpados não estavam presentes. As cercas estão se multiplicando. Muita gente está sendo ferida pelos arames e por suas pontas.

Você que está lendo este post e professa a fé em Cristo, tem sido qual tipo de cristão? O que as pessoas veem em você quando se aproximam? Farpas de arames que machucam? Há um cântico do qual eu e minha esposa gostamos muito, que é “soldado ferido na batalha”. Talvez você não saiba, mas há um grande exército de pessoas que, apesar da batalha que atravessam na vida espiritual, são machucadas dentro da igreja por arames farpados, tendo suas dores agravadas.

Que tipo de cristão você é? Se há uma cerca que o diabo quer na igreja, é a do arame farpado. Não sei se você já percebeu como é difícil o acesso aos que presidem. Infelizmente, há pastores cujos membros precisam de um balanço para transpor os arames que machucam. Só de balanço para chegar lá. É necessário que se faça um esforço muito grande. Tem que subir muito alto e depois pular.

As cercas estão se multiplicando e, com certeza, o construtor delas é o diabo. Que tipo de cerca você é? Que prende com cordas de amor? Que protegem o rebanho? Ou de arames que machucam e afugentam as pessoas da igreja, aniquilando a sua fé? Penso que é tempo de mudança. Creio como nunca que está na hora de removermos da igreja as cercas que machucam e impedem as pessoas de se aproximarem de Cristo.

A Bíblia nos diz que Cristo quebrou todas as cadeias do diabo, derrubou fortalezas e principados e, na sua ressurreição, rompeu o véu do templo. Cristo desfez a inimizade, derrubando a parede da separação e rompeu com as cercas através da paz e, através dela, fez um só povo para boas obras.
O grande apóstolo São Paulo, em sua segunda epístola a Timóteo 2:19, nos diz: Todavia o fundamento de Deus fica firme tendo esse selo. O Senhor conhece os que são seus e qualquer que profere o nome de Cristo, se aparte do pecado, isto é, pare de construir cercas de maldição.

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