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Dizem que a fé e a fama podem andar juntas. Será? Há os que
acreditam que isso é possível, outros não. O assunto parece ser polêmico no que
diz respeito ao meio artístico. A Bíblia está repleta de pessoas que foram
famosas, de grande reputação, mas eram, na sua maioria, compromissadas com a
verdade do Criador. Os valores eram altruístas e não banais. Visavam, em
primeiro lugar, as prioridades de Deus. A fama era apenas uma consequência da
glória de Deus na vida humana. No entanto, há um tipo de fama secular e
pecaminosa que não tem nada a ver com a verdade de Deus.
Há muitas pessoas do meio artístico que passaram por uma
certa experiência com Deus, mas não se converteram. Querem conciliar a fé com a
fama pecaminosa, e isso é impossível. Muitos são os boatos sobre os figurões
que teriam se rendido ao Evangelho. Alguns anos atrás, surgiram algumas
celebridades como Darlene Glória, Gretchen, Monique Evans, Suzana Alves - a
Tiazinha -, Joelma, Carla Perez e muitos outros. Enfim, são muitas as ovelhas douradas
que procuram um ponto de equilíbrio entre a vida cristã e o estrelato.
As celebridades se assemelham muito a uma velha ilustração
de um lavrador que pegou um porco, deu-lhe um banho, perfumou-o, passou uma
linda fita em volta do seu pescoço, e colocou-o em uma sala de estar. Seu
aspecto era de limpeza. Por alguns minutos o animal foi a maior sensação. O
infeliz esbanjava simpatia. Mas alguém, de repente, abriu a porta da sala e o
porco mergulhou no primeiro lamaçal que encontrou. A sua natureza não sofrera
modificação. Fora modificado apenas exteriormente. Assim é o homem sem Deus.
As celebridades são muito parecidas. Dizem-se convertidas a
Cristo, confessam ser uma nova criatura, contam que foram transformadas pelo
poder de Deus, que agora amam a Jesus, mas a sua natureza continua a mesma:
maligna e terrena. A maioria é escrava do pecado. Não querem abrir mão dos
valores nocivos. Está escrito - palavras de Cristo -, em Mateus 6: 25: Por isso
vos digo, ninguém pode servir a dois senhores, porque há de odiar um e amar o
outro. Ou se dedicar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao
diabo.
Não existe ponto de equilíbrio entre luz e trevas. Conciliar
a fé em Cristo com as exigências da fama é próprio de pessoas que não querem se
ajustar à nova vida de santificação. Infelizmente há pastores de várias
denominações evangélicas que se sujeitam à idolatria de pessoas famosas e não
chamam a atenção das ovelhas douradas com medo de perdê-las. A grande verdade é
que elas dão lucro financeiro, lotam as igrejas e fazem bem ao ego.
Conversão é mudança de vida. É “amarrar o burro” na igreja e
não no boteco. Quando Cristo veio a esse mundo, foi para resgatar o homem do
poder do pecado e conduzi-lo a uma nova vida de santificação e abundância de
paz. Quem vem a Cristo precisa compreender que é impossível servir a dois
senhores. A verdade não faz concessões à mentira. Ou você é de Deus ou é do
Diabo. Ninguém pode ficar em cima do muro. É preciso decidir-se entre a luz e
as trevas. “Todo aquele que professa o nome de Cristo, aparte-se do pecado” (II
Timóteo 2: 19).
Ser cristão não é moda. É identificação de vida com Deus.
Quando alguém se converte ao Evangelho de Cristo, tem que queimar todas as
pontes que para trás ficam, para que não retorne mais ao passado. Infelizmente,
poucos artistas realmente entram pelo caminho da vida com Deus, que exige
renúncia e coragem. Não é fácil dizer não à fama secular, afinal de contas, ela
é uma moeda forte, que tem arrebatado multidões para um caminho de dor e
sofrimento.
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