quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fé e fama

Imagem retirada daqui
         
Dizem que a fé e a fama podem andar juntas. Será? Há os que acreditam que isso é possível, outros não. O assunto parece ser polêmico no que diz respeito ao meio artístico. A Bíblia está repleta de pessoas que foram famosas, de grande reputação, mas eram, na sua maioria, compromissadas com a verdade do Criador. Os valores eram altruístas e não banais. Visavam, em primeiro lugar, as prioridades de Deus. A fama era apenas uma consequência da glória de Deus na vida humana. No entanto, há um tipo de fama secular e pecaminosa que não tem nada a ver com a verdade de Deus.

Há muitas pessoas do meio artístico que passaram por uma certa experiência com Deus, mas não se converteram. Querem conciliar a fé com a fama pecaminosa, e isso é impossível. Muitos são os boatos sobre os figurões que teriam se rendido ao Evangelho. Alguns anos atrás, surgiram algumas celebridades como Darlene Glória, Gretchen, Monique Evans, Suzana Alves - a Tiazinha -, Joelma, Carla Perez e muitos outros. Enfim, são muitas as ovelhas douradas que procuram um ponto de equilíbrio entre a vida cristã e o estrelato.

As celebridades se assemelham muito a uma velha ilustração de um lavrador que pegou um porco, deu-lhe um banho, perfumou-o, passou uma linda fita em volta do seu pescoço, e colocou-o em uma sala de estar. Seu aspecto era de limpeza. Por alguns minutos o animal foi a maior sensação. O infeliz esbanjava simpatia. Mas alguém, de repente, abriu a porta da sala e o porco mergulhou no primeiro lamaçal que encontrou. A sua natureza não sofrera modificação. Fora modificado apenas exteriormente. Assim é o homem sem Deus.

As celebridades são muito parecidas. Dizem-se convertidas a Cristo, confessam ser uma nova criatura, contam que foram transformadas pelo poder de Deus, que agora amam a Jesus, mas a sua natureza continua a mesma: maligna e terrena. A maioria é escrava do pecado. Não querem abrir mão dos valores nocivos. Está escrito - palavras de Cristo -, em Mateus 6: 25: Por isso vos digo, ninguém pode servir a dois senhores, porque há de odiar um e amar o outro. Ou se dedicar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao diabo.

Não existe ponto de equilíbrio entre luz e trevas. Conciliar a fé em Cristo com as exigências da fama é próprio de pessoas que não querem se ajustar à nova vida de santificação. Infelizmente há pastores de várias denominações evangélicas que se sujeitam à idolatria de pessoas famosas e não chamam a atenção das ovelhas douradas com medo de perdê-las. A grande verdade é que elas dão lucro financeiro, lotam as igrejas e fazem bem ao ego.

Conversão é mudança de vida. É “amarrar o burro” na igreja e não no boteco. Quando Cristo veio a esse mundo, foi para resgatar o homem do poder do pecado e conduzi-lo a uma nova vida de santificação e abundância de paz. Quem vem a Cristo precisa compreender que é impossível servir a dois senhores. A verdade não faz concessões à mentira. Ou você é de Deus ou é do Diabo. Ninguém pode ficar em cima do muro. É preciso decidir-se entre a luz e as trevas. “Todo aquele que professa o nome de Cristo, aparte-se do pecado” (II Timóteo 2: 19).

Ser cristão não é moda. É identificação de vida com Deus. Quando alguém se converte ao Evangelho de Cristo, tem que queimar todas as pontes que para trás ficam, para que não retorne mais ao passado. Infelizmente, poucos artistas realmente entram pelo caminho da vida com Deus, que exige renúncia e coragem. Não é fácil dizer não à fama secular, afinal de contas, ela é uma moeda forte, que tem arrebatado multidões para um caminho de dor e sofrimento.

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